Mas será que necessitamos de "espetáculo", e de grandes nomes para levarmos a mensagem com poder aos necessitados deste mundo?
Gostaria de recobrar o maravilhoso milagre da multiplicação de peixes realizada por Jesus nesta terra. Há quem diga que este milagre não tem muito a oferecer, mas analisando atentamente poderemos verificar a grandeza da lição que o Mestre nos queria passar.
No livro de João 6: 1-13 temos um relato deste epísodio e é de onde extraíremos algumas porções para as devidas considerações, mas seria interessante entretanto, que cada um fizesse a leitura completa da história narrada nos Evangelhos.
O relato diz que após um dia inteiro ouvindo as instruções do Mestre, veio os discípulos ter com Ele mostrando preocupação quanto a multidão, que devido a hora avançada deveriam procurar alimento.
"Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?"
O verso seguinte nos mostra que Jesus apenas queria testar a fé dos seus discípulos: "Mas dizia isto para os experimentar, porque bem sabia o que havia de fazer." (verso 6)
Diante desta indagação os discípulos o recrutaram dizendo que possuiam apenas 5 pães e dois peixinhos, mas o que seria isso para tanta gente? seria melhor que os mandassem as aldeias próximas em busca de alimentos opinaram!
Nossa fé de modo sobremaneira tem sido provada e como os discípulos vivemos reclamando dos meios que possuimos para a realização da obra Divina. Muitos são os questionamentos: Ah não temos bons cantores para o apelo, não temos bons pregadores, nos faltam condução para chegarmos em locais mais difícies, poucas pessoas querem se comprometer com a obra e por aí vai.
Gotaria de compartilhar um texto da Pena Inspirada:
Cristo, por intermédio do profeta, mandou que: "Repartas o teu pão com o faminto", e fartes "a alma aflita"; "vendo o nu o cubras", e "recolhas em casa os pobres desterrados". Isa. 58:7-10. Ordenou-nos: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." Mat. 16:15. Quantas vezes, porém, nosso coração sucumbe e falha-nos a fé, ao vermos quão grande é a necessidade, quão limitados os meios em nossas mãos! Como André, ao olhar aos cinco pães de cevada e os dois peixinhos, exclamamos: "Que é isto para tantos?" Hesitamos freqüentemente, não dispostos a dar tudo o que temos, temendo gastar e ser gastos por outros. Mas Jesus nos manda: "Dai-lhes vós de comer." Sua ordem é uma promessa; e em seu apoio está o mesmo poder que alimentou a multidão junto ao mar.Há, em nossa obra para Deus, risco de confiar demasiado no que pode fazer o homem, com seus talentos e capacidade. Perdemos assim de vista o Obreiro-Mestre. Muito freqüentemente o obreiro de Cristo deixa de compreender sua responsabilidade pessoal. Acha-se em perigo de eximir-se a seus encargos, fazendo-os recair sobre organizações, em lugar de apoiar-se nAquele que é a fonte de toda a força. Grande erro é confiar em sabedoria humana, ou em números, na obra de Deus. O trabalho bem-sucedido para Cristo, não depende tanto de números ou de talentos, como da pureza de desígnio, da genuína simplicidade, da fervorosa e confiante fé. Devem-se assumir as responsabilidades pessoais, empreender os deveres pessoais e fazer esforços pessoais em favor dos que não conhecem a Cristo. Em lugar de transferir vossa responsabilidade para alguém que julgais mais bem-dotado que vós, trabalhai segundo vossas aptidões.(O Desejado de Todas as Nações págs. 369/370)